" MÉDICO FRIO E CALCULISTA". CARTA ABERTA DE PROFISSIONAL DA SAÚDE A EX PRESIDENTE CAUSA COMOÇÃO E REVOLTA NAS REDES

 

“Médico frio e calculista”: Carta aberta de profissional da saúde a ex-presidente causa comoção e revolta nas redes

Uma carta aberta escrita pelo médico Dr. Emmanuel E. Haji Antoniou está viralizando nas redes sociais após críticas contundentes ao sistema de saúde pública e ao ex-presidente da República. Intitulada informalmente de “Médico frio e calculista”, a mensagem mistura indignação, desabafo e um chamado à responsabilidade política em um dos textos mais duros já publicados por um profissional da saúde nos últimos tempos.

“Sou médico. E sim, sou frio”, inicia o texto. A carta segue descrevendo, em detalhes impactantes, a rotina de um profissional que precisa lidar diariamente com a morte, a miséria e a negligência — não por falta de preparo, mas por falta de estrutura, investimento e respeito.

O médico denuncia o caos dentro dos hospitais públicos, a escassez de equipamentos, medicamentos e até itens básicos para cirurgias. Com frieza cirúrgica, ele também denuncia o assalto contínuo aos cofres públicos por “políticos e empresários inescrupulosos”, que segundo ele, condenam milhares à morte todos os dias.

“Calculo as chances de morrer em um assalto tentando chegar ao trabalho”, escreve o médico, escancarando a precariedade e os riscos de exercer sua profissão no Brasil atual.

A parte mais polêmica da carta, no entanto, é dirigida diretamente ao ex-presidente da República. “Ao senhor, espero que pague por todo dano que fez a esta nação”, dispara o médico, sem meias palavras.

O texto termina com um aviso sombrio e metafórico: “O Frio lhe aguarda.”

A publicação tem gerado debates acalorados nas redes sociais. De um lado, internautas aplaudem o médico por dar voz ao sofrimento de milhares de profissionais da saúde no país. De outro, críticos apontam o tom político da carta como uma tentativa de radicalização e polarização.

Independente das opiniões, a carta escancara uma ferida aberta no sistema de saúde brasileiro e levanta um questionamento incômodo: até quando profissionais essenciais continuarão sendo tratados com descaso?