Deveríamos ser inovadores e pioneiros.
Máquina de escrever. (Foto: Nirzar Pangarkar / Unsplash)
Por
Rodrigo Motta
Ouvi essa frase em agosto do ano passado quando participei de uma conferência cristã sobre comunicação em Miami. Na oportunidade, o palestrante se referia ao cristão quando fala sobre comunicação, inovação e tecnologia.
Ali, o especialista foi muito duro ao dizer que os cristãos deveriam ser mais programáticos, intencionais e organizados para dialogar com a cultura e com as cidades. Deveríamos ser inovadores e pioneiros. Confesso que concordo com ele.
Estamos vivendo um “boom” do assunto comunicação, marketing e tecnologia nas igrejas como se estivéssemos, de alguma forma, falando sobre a mais alta inovação produzida no Vale do Silício, mas em nosso discurso estamos parados nos anos 2000 falando sobre a descoberta das redes sociais como um caminho de propaganda para os ministérios ou como um meio de conexão entre igreja e audiência. Nada novo.
Isso também acontece quando ainda estamos discutindo sobre a invasão da tecnologia na vida das pessoas, notícia que os livros escritos no início da década passada já datavam como a grande transformação da comunicação e dos relacionamentos.
Segundo especialistas, temos apenas mais cinco anos para que haja uma fusão completa entre o real e o virtual na forma de nos relacionarmos.
Estamos de fato atrasados na festa e com uma mania, imperialista e bélica, de querer sentar na janela frente a cultura e apenas critica-la sem ações propositais e propositivas para alcançar a massa de não cristãos no Brasil (somos 81% da população somando cristãos católicos e cristãos protestantes).
Não me interprete mal achando que estou te provocando a aceitar/absorver/copiar o que é feito além de nossos muros altos.
Só estou aqui te convidando a olhar o cenário atual de forma estratégica, olhando o todo (a grande foto) e de forma missional.
Assuma que temos no digital um campo de missão, na comunicação uma ferramenta poderosa para construir linguagem e na tecnologia argumentos inquestionáveis de que é preciso pensar diferente.
Talvez, hoje, nesse contexto pós-digital, tenhamos a oportunidade de cumprir a Grande Comissão com maior impacto e com maior desenvoltura.
Só nos resta o convite para tirarmos as vestes dos ungidos e passivos de plantão a espera do que Deus tem a fazer e arregaçarmos as mangas para sermos participantes da missão de Jesus por aqui, seja no mundo real ou no virtual. Lembre-se, esse chamado é um privilégio!